quarta-feira, 1 de setembro de 2010

VIDAS DESENCONTRADAS



Murmura  minha alma,
Lembrando-me beijos arrebatados,
Olhares e silêncios dos nossos corpos enlaçados,
Feliz esse tempo que a memória guarda,
Descanso os braços na saudade dos teus,
E no parapeito alto da minha janela
O olhar distante brilha no fulgor da noite,
Pintando pedaços de um sonho na tela.
Que linda a Lua... tão alta no céu,
Será que viste passar o amor que foi meu?
Plena vais ficando... Tão iluminada,
Desinquietas-me o sono oh noite estrelada.
Um véu de lágrimas vou tecendo,
E a brisa suave, neste fim de Agosto, meu rosto beijando.
Se estivesses aqui comigo, amor, de braços em meu redor,
Meus lábios te ofereceria e versos intensos te escreveria
Declamados na dança dos nossos corpos.
Foste ponte erguida  sobre as margens do meu ser,
Se estivesses aqui comigo, amor... Murmura minha alma tão pura,
E esta saudade imensa que em meu peito perdura.

Written by: Isabel Vilaverde
Agosto 2010


Imagem: Autor desconhecido.

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