sexta-feira, 18 de outubro de 2013

UM TEXTO DESNUDO COMO A MINHA ALMA



        E hoje é dia de lágrimas. Talvez julgues que são chuva no meu rosto, por se confundirem com os pingos que, indistintamente, caem, e eu até diga que sim ou melhor, nada diga, para te iludir o pensamento.
Todos os dias o tempo é diferente, embora os dias pareçam iguais. Estar, sair e voltar à mesma casa, aos mesmos lugares, dar os bons-dias ao homem do talho, ao dono da frutaria, à menina da caixa do supermercado ou ir tomar o habitual café ao sítio do costume. Aparentemente nada se modificou. É só mais um dia entre todos os outros já vividos e sê-lo-à, certamente, entre os que estão para vir. Mas todos os dias, nesta aparente monotonia da inalteração dos lugares e das coisas, o vazio vai-se instalando em mim.
        Acontecem mortes, as físicas, quando os amigos ou entes queridos partem, e as outras. As mortes da alma, do acumular de vazios e de lutos, que me vão tornando cada vez mais triste e insegura. Não sei se a experiência de vida que julgo ter me serve de alguma coisa. Por vezes penso que serve coisa nenhuma. Sinto que o tempo é um paralelo onde não me encontro mais. Não sei o que espero ou se até devo esperar. O tempo tem sido um padrasto, um carrasco, nas minhas horas de luta. O que me resta é tão pouco já. É cada vez menos. Hoje vivo de afectos. São o meu suporte, a única maneira que tenho para viver. Não haverão palavras que me confortem. Apenas sentires.
Se partires, eu vou também.

Autora: Isabel Vilaverde
18 de Outubro de 2013
(@Todos os Direitos Reservados).

Foto: Imagens google.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A CASA VAZIA



Eis a Sinopse do meu próximo romance, "A CASA VAZIA".

SINOPSE


Rafael é um jovem jornalista. Com um casamento feliz, sofre um duro golpe quando a sua mulher, Rita, adoece com leucemia. A doença conduzi-la-à, num curto espaço de tempo, à morte. Afastado de tudo e de todos, segue trilhos, revisita lugares, na tentativa de se reencontrar. Será que Rafael irá, um dia, apaixonar-se de novo? 
Regressado ao Jornal surge, pouco tempo depois, a oportunidade de ir em serviço para um campo de refugiados, no Quénia. Como será viver num campo de refugiados? Como irá reagir Rafael, ao ser confrontado novamente com o sofrimento e a morte?
A sua paixão pela fotografia leva-o, certo dia, até à sua praia favorita. Quando se prepara para fotografar, mais uma vez, o belíssimo sol poente sobre o mar, algo de inesperado acontece. Esse momento irá marcar e influenciar, completamente, a sua vida.
Rafael parte em serviço para a Síria de Bashar Al-Assad. Os acontecimentos precipitam-se quando, no decurso de uma reportagem, ele, uma jornalista japonesa e dois repórteres de imagem, são apanhados num fogo cruzado entre as tropas do regime e os rebeldes pró-democracia. Na abordagem de temas da actualidade política nacional e internacional, o romance levanta questões, disseca, explora e analisa, de forma sucinta, é certo, mas consistente, questões religiosas e territoriais, as quais fomentam o ódio latente entre povos, onde a palavra “tolerância” não tem lugar. A exemplo, a guerra israelo-palestiniana. Neste romance, desnudam-se vivências de cada personagem, testa-se o comportamento humano e os seus limites, face a um mundo regido pela lei do dinheiro e dos altos interesses materiais, em detrimento dos valores civilizacionais, da moral e dos afectos.
 Caberá a si, leitor, partir à descoberta, numa incursão prazerosa de leitura pelas páginas deste livro.

A Autora
Isabel Vilaverde.

Capa Provisória do Romance.

 
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