sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

TENHO SEDE


Tenho sede, não de água mas de ti...
Saudade da tua língua nos recantos do meu corpo,
Dos teus beijos intensos na minha  boca,
Tenho sede do braseiro das tuas mãos a incendiarem-me
os sentidos, a deixarem-me louca...
De escutar o teu canto no meu ouvido,
De olhar o brilho no fundo dos teus olhos a sorrirem para mim,
Tenho sede, não de água mas de ti...
Do silêncio das tuas palavras soletradas no meu silêncio,
Do encanto das madrugadas acordadas em nós,
Das marés aconchegando-nos, desnudando-nos,
Libertando-nos como asas de condor,
Poema interrompido pelo sonho não cumprido, moribundo ficou.
Tenho sede, não de água mas de ti...
De reescrever o poema, de reerguê-lo das cinzas, de nós,
Tenho sede de como o amor nos amou.

Isabel Vilaverde
2 de Janeiro de 2015
(@Todos os Direitos Reservados).


Imagem: Autor desconhecido.


 
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