A noite convidava a ficar,
Não tinha pressa de regressar a casa,
As luzes da marginal
Recortavam a baía imensa
Prateada pelos raios do luar,
A brisa, suave, envolvia-se cúmplice
Nas nossas conversas,
Passos lentos ecoavam na calçada,
Os saltos dos meus sapatos
Picando, amiúde, as pedras,
Sentia-me bem contigo,
Tão bem, que receava que esse momento
Fosse apenas um sonho...
Não queria acordar para os dias cinzentos,
Para as noites longas,
Não queria acordar para as palavras
Silenciadas,
Queria estar ali e eternizar, contigo, essa partilha,
Desfrutar da paz que me transmitias,
De vez em quando parávamos,
Para sentirmos mais intensamente,
O cheiro a maresia que se desprendia
Daquele marulhar calmo das ondas,
Beijando a areia deserta de gente,
De repente, viraste-te suavemente para mim
E olhando-me, disseste, és como eu...
Procuras o que eu procuro,
Viver a vida,
Detendo-te no que é o essencial,
Sabes escutar o silêncio
E encontrar, nos pequenos nadas,
A razão de viver,
Inspiras-me tranquilidade, és linda!
O seu rosto aproximou-se
Do meu, devagar...
E celebrámos a noite, ali,
Sob o manto de estrelas,
Com um beijo de ternura consentido,
E um abraço do tamanho do mar...
De repente acordei, primeiro confusa,
Depois percebi que tudo não passara de um sonho,
Pretendi voltar, só mais um bocadinho que fosse,
Fechei os olhos, mas já não foi possível
Levantei-me e abri a janela do quarto,
Para espreitar a cidade ainda adormecida
E relembrar esse pequeno grande momento de felicidade.
Written by: Isabel Vilaverde
Agosto 2010
Não tinha pressa de regressar a casa,
As luzes da marginal
Recortavam a baía imensa
Prateada pelos raios do luar,
A brisa, suave, envolvia-se cúmplice
Nas nossas conversas,
Passos lentos ecoavam na calçada,
Os saltos dos meus sapatos
Picando, amiúde, as pedras,
Sentia-me bem contigo,
Tão bem, que receava que esse momento
Fosse apenas um sonho...
Não queria acordar para os dias cinzentos,
Para as noites longas,
Não queria acordar para as palavras
Silenciadas,
Queria estar ali e eternizar, contigo, essa partilha,
Desfrutar da paz que me transmitias,
De vez em quando parávamos,
Para sentirmos mais intensamente,
O cheiro a maresia que se desprendia
Daquele marulhar calmo das ondas,
Beijando a areia deserta de gente,
De repente, viraste-te suavemente para mim
E olhando-me, disseste, és como eu...
Procuras o que eu procuro,
Viver a vida,
Detendo-te no que é o essencial,
Sabes escutar o silêncio
E encontrar, nos pequenos nadas,
A razão de viver,
Inspiras-me tranquilidade, és linda!
O seu rosto aproximou-se
Do meu, devagar...
E celebrámos a noite, ali,
Sob o manto de estrelas,
Com um beijo de ternura consentido,
E um abraço do tamanho do mar...
De repente acordei, primeiro confusa,
Depois percebi que tudo não passara de um sonho,
Pretendi voltar, só mais um bocadinho que fosse,
Fechei os olhos, mas já não foi possível
Levantei-me e abri a janela do quarto,
Para espreitar a cidade ainda adormecida
E relembrar esse pequeno grande momento de felicidade.
Written by: Isabel Vilaverde
Agosto 2010
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