sábado, 25 de abril de 2015

QUERO-TE


Quero-te...
Como de respirar preciso,
E é incerto o momento que o tempo me traz...
Quero-te...
Ao acordar de todas as manhãs
Como a flor que rego, com cuidado, para não murchar,
Quero-te...
Firme mas delicada,
Com voz de cântico intemporal a romper muros de
silêncio, neste mundo desigual,
Quero-te...
Erguida na luta pelo todo,
Na semente que dá vida,
Quero-te...
Na palavra que escrevo,
Na boca que se não cala,
Na criança que sorri,
No velho que conta a história,
Na memória,
No tempo de construir,
No presente e no futuro que há-de vir,
Quero-te... LIBERDADE!

Poema: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
25-04-2015

Imagem: Autor desconhecido.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

RÚTILO OLHAR


Não sei de quantos sonhos sou feita...
Neste Mundo tão cheio de solidão,
Não sei se a Lua, à noite, quando me espreita,
Entende este meu pobre coração.

Sou um todo e nada sou...
Ínfimo grão perdido em Terra desigual,
Piso, nua e crente, agreste chão,
Imersa nesta dúvida abismal.

Se caminho, e caminho com vontade de vencer
As agruras em tempo de escuridão,
De afirmar que tenho direito a viver.

O sonho acalenta-me do frio a cada madrugar,
Em minh´alma sopra grande ventania,
Em busca de um outro rútilo olhar.

Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
23-04-2015

Imagem: Banco de imagens Google.
(Autor desconhecido).


 
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