segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ROSA AMARELA



Meu vulcão de lava escorrendo sobre as colinas do desejo,
Minha lágrima esquecida que desces lenta o leito do rio,
Minhas mãos oferecidas à morte e à vida,
Fronteira distante onde espero o beijo...
Devagar fecho a janela aos odores da Primavera,
Ensaio um último passo ao teu encontro...
Perco-me no labirinto do tempo.
Sabes... Deixei de tocar as estrelas ao olhar o firmamento,
Perdi-me das flores, da brisa, do mar,
Dos montes e árvores, do Sol, do luar...
Dos pássaros de fogo que voaram nos meus braços,
E de ti, dos teus abraços.
Reinvento os dias sempre iguais...
Já não sinto a emoção de te amar,
Deixaste o vazio em seu lugar.
Um dia partirei com os ventos invernosos,
Se te lembrares de mim, sim, se te lembrares...
Deixa uma rosa amarela a perfumar a minha lápide,
A rosa que foi nossa!

Written by:Isabel Vilaverde
Setembro de 2010

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