domingo, 6 de junho de 2010

GAIVOTA FERIDA


Gosto mais de ver-te ao pôr-do-sol, mar...
Escutas as minhas angústias,
Aninhas-me nos teus braços de espuma leve,
Mar... que guardas  minhas lágrimas em ti,
E me beijas como o Sol beija a montanha,
Não sei se hei de cantar-te,
Pela paz que me transmites, oh mar...
Se hei de amar-te como meu berço,
Ou sonhar dentro de ti, deixando-me ficar...
Perder-me, para sempre, de palavras e  pensamentos, fechar os olhos às tuas marés,
Aos poentes laranja do Sol,
À saudade e aos ventos que me empurram
Para onde não quero ir...
Ficar dentro de ti... despir-me da solidão que me assola
Como amarras enegrecidas,
Presa a um porto sem barco, sem timoneiro,
Partir desta vida que me sufoca...
Que posso ainda esperar?
Gaivota ferida que na praia repousa esquecida,
Esvaecendo suspiros em tons de despedida,
Ante o silêncio e o mar.

Written by: Isabel Vilaverde
6 Junho 2010

1 comentário:

  1. "...I do not need to be a part of your sadness...
    I just need to be the reason of your smile..."

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