Se é verdade que todos nos perdemos uns dos outros pelas vicissitudes da própria vida, também não é menos verdade que nos aproximamos uns dos outros, nos momentos de maior sofrimento.
Perante tais circunstâncias, como por exemplo, a morte de um familiar, um acidente de viação do nosso melhor amigo, paramos para meditar sobre a vida, a condição humana, quão efémera é, quão frágeis nós somos...
Perante a inevitabilidade, percebemos que a vida é demasiado preciosa para tantas vezes a desvalorizarmos. Como tal, confrontados com a dor que nos dilacera, passamos a valorizá-la, dando atenção às pequenas coisas e aos momentos partilhados.
Todos somos, mais ou menos, egocêntricos. Achamos sempre que a nossa dor é diferente da dor sentida pelo outro. Na verdade a dor é uma só, com milhares de rostos, somente exteriorizada de modo distinto, de acordo com as raízes culturais de cada um e com a capacidade pessoal em lidar com ela.
Mas, ponderemos um pouco: somos seres com compaixão? No sentido lato, não creio. Não me refiro à compaixão subjacente às religiões.
Refiro-me, sim, à compaixão que existe em nós, à nossa disponibilidade interior para nos darmos aos outros, tão pouco visível ainda, tão pouco praticada, nesta Sociedade cada vez mais solitária, na qual se morre de solidão...
E morre-se de solidão nos grandes centros urbanos, em casa, num qualquer canto na rua... Porquê? Porque estamos distantes uns dos outros, exactamente por falta de compaixão.
Se todos pudéssemos fazer um esforço para aprofundar os sentimentos da partilha, da proximidade e do altruísmo, saberíamos viver com compaixão.
É, através da compaixão, que as Sociedades se poderão tornar mais justas, mais humanizadas, mais fraternas e mais fortalecidas.
Autora: Isabel Vilaverde
Maio 2010
É através da compaixão que as sociedades se tornarão mais justas, mais humanizadas e fraternas e mais fortalecidas.
ResponderEliminarsubscrevo
:)*
Obrigada, Lobices! :)
ResponderEliminarObrigada, Lobices! :)
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