Miro do alto da serra sobranceira,
O casario distante de beleza ímpar,
Ao longe deitado a meus pés o Sado,
Abraça fraterno a cidade inteira.
Nas frescas águas do teu rio azul,
Navegam barcos grandes e velozes,
Roazes saltitam por entre margens,
No ar ecoa o canto dos albatrozes.
Quando chego ao cais,
Ancoradas vejo traineiras garridas,
Flutuando nas calmas e cintilantes águas,
São o pão e o sustento de muitas vidas.
Sobre as tuas densas encostas,
Cobertas de vastos laranjais,
Pinto o sol, danço, sinto a brisa,
Ouço o canto belo dos pardais.
Cantar-te-ei sempre, Setúbal,
Um hino de graça e amor,
Nestes versos enalteço,
Quanta beleza existe em teu redor.
Em bandos, andorinhas cruzam os céus,
Distantes e longos mares,
Voltam alegres com a Primavera,
Todos os anos aos mesmos lugares.
Terra que não me viste nascer,
Mas que abracei sem tempo de espera,
Em ti descobri o amor, me fiz mulher,
Em ti chorei triste quimera.
Terra dos meus silêncios,
De lágrimas perdidas, de afectos,
De noites de insónia e inquietação,
Vestidas de seda e ilusão.
Setúbal, minha cidade esperança,
Que há muito esperas serena,
Que outros te olhem nos olhos,
E te tragam ventos de mudança.
És bela e imponente,
Danças nos braços da Arrábida,
Imensa... majestosa serra,
Escutas do alto o choro da gente.
Trazem no luto a saudade,
Dos que partiram para lá do mar,
No Forte, em cada pedra ficou o desejo,
Da tua beleza eternizar.
Cidade de praias de areias douradas,
De amores desencontrados e descobertas,
De amantes enlaçados ao pôr-do-sol,
Cidade de cantores, berço de poetas.
Written by: Isabel Vilaverde
23 Março 2010
O casario distante de beleza ímpar,
Ao longe deitado a meus pés o Sado,
Abraça fraterno a cidade inteira.
Nas frescas águas do teu rio azul,
Navegam barcos grandes e velozes,
Roazes saltitam por entre margens,
No ar ecoa o canto dos albatrozes.
Quando chego ao cais,
Ancoradas vejo traineiras garridas,
Flutuando nas calmas e cintilantes águas,
São o pão e o sustento de muitas vidas.
Sobre as tuas densas encostas,
Cobertas de vastos laranjais,
Pinto o sol, danço, sinto a brisa,
Ouço o canto belo dos pardais.
Cantar-te-ei sempre, Setúbal,
Um hino de graça e amor,
Nestes versos enalteço,
Quanta beleza existe em teu redor.
Em bandos, andorinhas cruzam os céus,
Distantes e longos mares,
Voltam alegres com a Primavera,
Todos os anos aos mesmos lugares.
Terra que não me viste nascer,
Mas que abracei sem tempo de espera,
Em ti descobri o amor, me fiz mulher,
Em ti chorei triste quimera.
Terra dos meus silêncios,
De lágrimas perdidas, de afectos,
De noites de insónia e inquietação,
Vestidas de seda e ilusão.
Setúbal, minha cidade esperança,
Que há muito esperas serena,
Que outros te olhem nos olhos,
E te tragam ventos de mudança.
És bela e imponente,
Danças nos braços da Arrábida,
Imensa... majestosa serra,
Escutas do alto o choro da gente.
Trazem no luto a saudade,
Dos que partiram para lá do mar,
No Forte, em cada pedra ficou o desejo,
Da tua beleza eternizar.
Cidade de praias de areias douradas,
De amores desencontrados e descobertas,
De amantes enlaçados ao pôr-do-sol,
Cidade de cantores, berço de poetas.
Written by: Isabel Vilaverde
23 Março 2010
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