terça-feira, 24 de novembro de 2009
GOTA DE ÁGUA
Escutar-te é ouvir uma terna melodia,
Cada palavra dita prende-me os sentidos,
Cada sorriso acorda-me da nostalgia que sinto
Quando estou só,
Sem ti, sou uma gota de água caída ao acaso,
Procuro a folha sacudida pelo vento que canta
E solto o grito no silêncio do pranto.
Written by: Isabel Vilaverde
Cada palavra dita prende-me os sentidos,
Cada sorriso acorda-me da nostalgia que sinto
Quando estou só,
Sem ti, sou uma gota de água caída ao acaso,
Procuro a folha sacudida pelo vento que canta
E solto o grito no silêncio do pranto.
Written by: Isabel Vilaverde
CORAÇÃO TRISTE
Olhei-te nos olhos,
Senti a vontade de viver que pulsava em ti,
Apesar do sorriso, o meu coração estava triste,
Tal como o mar ao aparentar serenidade
Naquele crepúsculo de fim-de-tarde.
Ante as nuvens densas que cobriam o Sol,
Queria dizer-te tanto...
Mas tão-pouco te disse, esvaziada das palavras
Que gostarias de ouvir se te amasse...
Mereces tudo o que não tenho para te dar.
Written by: Isabel Vilaverde.
Imagem: Foto de João Marques.
Senti a vontade de viver que pulsava em ti,
Apesar do sorriso, o meu coração estava triste,
Tal como o mar ao aparentar serenidade
Naquele crepúsculo de fim-de-tarde.
Ante as nuvens densas que cobriam o Sol,
Queria dizer-te tanto...
Mas tão-pouco te disse, esvaziada das palavras
Que gostarias de ouvir se te amasse...
Mereces tudo o que não tenho para te dar.
Written by: Isabel Vilaverde.
Imagem: Foto de João Marques.
TEMPO IMPERFEITO
Caminho errante,
Procuro o teu abraço
Que tarda em chegar,
Levo comigo a saudade,
Rói-me por dentro,
Num lamento constante
Vai teimando em ficar.
Vagueio pelas ruas,
Ouço os suspiros incertos do vento,
Vou em direcção ao mar,
Sentindo-me naufragar sem cais de chegada,
Como uma estrela cadente,
Perdida no meio do nada.
Na praia deserta e fria,
Repouso o corpo cansado,
São tantas as memórias que em mim trago...
E choro em silêncio o meu pranto
Aonde ninguém me vê.
De olhos rasos toco a espuma
Que se desfaz na areia,
Tal como eu me sinto, desfeita,
Neste tempo imperfeito, feito de ausências.
Liberto a dor e calo o sonho,
Hoje quero esquecer-te para voltar a viver.
Written by: Isabel Vilaverde
Imagem: Praia Jalé, S.Tomé e Príncipe
Foto J. C. Reis.
Procuro o teu abraço
Que tarda em chegar,
Levo comigo a saudade,
Rói-me por dentro,
Num lamento constante
Vai teimando em ficar.
Vagueio pelas ruas,
Ouço os suspiros incertos do vento,
Vou em direcção ao mar,
Sentindo-me naufragar sem cais de chegada,
Como uma estrela cadente,
Perdida no meio do nada.
Na praia deserta e fria,
Repouso o corpo cansado,
São tantas as memórias que em mim trago...
E choro em silêncio o meu pranto
Aonde ninguém me vê.
De olhos rasos toco a espuma
Que se desfaz na areia,
Tal como eu me sinto, desfeita,
Neste tempo imperfeito, feito de ausências.
Liberto a dor e calo o sonho,
Hoje quero esquecer-te para voltar a viver.
Written by: Isabel Vilaverde
Imagem: Praia Jalé, S.Tomé e Príncipe
Foto J. C. Reis.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
INDIFERENÇA
PENSAMENTOS
"Ninguém viaja sozinho. Estamos sempre acompanhados pela nossa consciência".
"Não devemos sentirmos-nos importantes pelo que temos, mas pelo que somos e fazemos
pelos outros".
"É bonito partilharmos com os outros o que temos em excesso. Mas é sublime partilharmos com
os outros o que não nos sobra".
Written by: Isabel Vilaverde.
Imagem: Douro.
Foto de Isabel Vilaverde.
"Não devemos sentirmos-nos importantes pelo que temos, mas pelo que somos e fazemos
pelos outros".
"É bonito partilharmos com os outros o que temos em excesso. Mas é sublime partilharmos com
os outros o que não nos sobra".
Written by: Isabel Vilaverde.
Imagem: Douro.
Foto de Isabel Vilaverde.
sábado, 21 de novembro de 2009
ALENTEJO MEU AMOR
Olhos perdidos no tempo a mirar-te...
Imenso, dourado, macio, perfumado,
Terra de searas ondulantes, do mágico e rubro entardecer,
Vive em mim ditosa saudade de te não ver.
Alentejo, meu amor, minha alegria e dor,
Guardo no fundo da alma mentiras e desamor.
Mas tu deste-me o sorriso, o instante, o infinito,
Os beijos e o pôr-do-sol.
Sabes receber e dar...
Chorosos me ficaram os olhos por te deixar,
Trouxe comigo o chilrear dos pássaros,
Os ribeiros estreitos de água fresca,
O aroma dos eucaliptos e do rosmaninho,
A brisa suave e quente que me envolveu docemente,
E me aconchegou de mansinho.
Guardo de ti a singeleza...
O desejo nascido das entranhas de um dia a ti voltar,
Terra dos silêncios, das longas noites por inventar,
Sinto paz quando te vejo,
Oh meu Alentejo das horas mortas a passar.
Written by: Isabel Vilaverde
20 de Setembro de 2009
Imagem: Minas de S.Domingos.
Imenso, dourado, macio, perfumado,
Terra de searas ondulantes, do mágico e rubro entardecer,
Vive em mim ditosa saudade de te não ver.
Alentejo, meu amor, minha alegria e dor,
Guardo no fundo da alma mentiras e desamor.
Mas tu deste-me o sorriso, o instante, o infinito,
Os beijos e o pôr-do-sol.
Sabes receber e dar...
Chorosos me ficaram os olhos por te deixar,
Trouxe comigo o chilrear dos pássaros,
Os ribeiros estreitos de água fresca,
O aroma dos eucaliptos e do rosmaninho,
A brisa suave e quente que me envolveu docemente,
E me aconchegou de mansinho.
Guardo de ti a singeleza...
O desejo nascido das entranhas de um dia a ti voltar,
Terra dos silêncios, das longas noites por inventar,
Sinto paz quando te vejo,
Oh meu Alentejo das horas mortas a passar.
Written by: Isabel Vilaverde
20 de Setembro de 2009
Imagem: Minas de S.Domingos.
OUTONO
Outono que levaste o verde da Primavera,
Tingiste de mil cores os caminhos,
Os bancos do jardim onde me sento a meditar,
Outono dos dias pálidos, das noites mais frias,
Da chuva miudinha que bate na vidraça,
Da triste alma minha que detrás observa quem passa...
Outono dos amores e da vindima, da castanha assada,
Perfumando com o seu aroma as ruas desta Lisboa rendilhada.
Outono que passeias comigo à beira-mar
E me envolves na tua fresca brisa,
Escutas o meu lamento, abrandas esta fogueira a crepitar
Deste tédio, deste inútil tempo...
Outono dos afagos, das memórias dos abraços e de beijos molhados,
De amantes enlaçados em teias de amores intensos
Que tardam na despedida,
Perdidos de olhares demorados e densos.
Outono dos momentos, de vidas partilhadas,
Pedaço de brocado cinzelado e fugaz,
Guardo-te em mim como joia rara,
És meu aconchego, meu lilás,
Meu sacrário de amor,
Meu silêncio e minha paz.
Tingiste de mil cores os caminhos,
Os bancos do jardim onde me sento a meditar,
Outono dos dias pálidos, das noites mais frias,
Da chuva miudinha que bate na vidraça,
Da triste alma minha que detrás observa quem passa...
Outono dos amores e da vindima, da castanha assada,
Perfumando com o seu aroma as ruas desta Lisboa rendilhada.
Outono que passeias comigo à beira-mar
E me envolves na tua fresca brisa,
Escutas o meu lamento, abrandas esta fogueira a crepitar
Deste tédio, deste inútil tempo...
Outono dos afagos, das memórias dos abraços e de beijos molhados,
De amantes enlaçados em teias de amores intensos
Que tardam na despedida,
Perdidos de olhares demorados e densos.
Outono dos momentos, de vidas partilhadas,
Pedaço de brocado cinzelado e fugaz,
Guardo-te em mim como joia rara,
És meu aconchego, meu lilás,
Meu sacrário de amor,
Meu silêncio e minha paz.
Written by: Isabel Vilaverde.
WHERE ARE YOU
Deep inside my memories
Looking around for you, somewhere...
My desperate soul, you're not there!
Come to see the autumn leaves colouring the streets,
Yellow, brown, red,
So is my heart without you to share.
Where are you my love?
So far away to kiss you, to give you a tender hug,
Are you in the clouds upon the sky
Or in the flying birds crossing high?
Can't find you at the raising sun...
Where are you, what have I done?
My hands are empty and cold,
My eyes are milles away...
As poor little flowers fading day after day.
Who am I?
Never been told...
My heart in tears feeling I die,
Can't have you my love,
Just tell me why.
Written by: Isabel Vilaverde
4 de Outubro de 2009
Looking around for you, somewhere...
My desperate soul, you're not there!
Come to see the autumn leaves colouring the streets,
Yellow, brown, red,
So is my heart without you to share.
Where are you my love?
So far away to kiss you, to give you a tender hug,
Are you in the clouds upon the sky
Or in the flying birds crossing high?
Can't find you at the raising sun...
Where are you, what have I done?
My hands are empty and cold,
My eyes are milles away...
As poor little flowers fading day after day.
Who am I?
Never been told...
My heart in tears feeling I die,
Can't have you my love,
Just tell me why.
Written by: Isabel Vilaverde
4 de Outubro de 2009
A CASTELO DE VIDE
Esmorece a luz no monte,
Espreitam estrelas e luar,
Sentada à porta defronte,
Vejo crianças a brincar.
Correm, riem, pulam, cantam,
Dançam a olhar para mim,
Que riqueza tamanha é,
Morar num lugar assim.
Alentejo, ser de ti,
Em sonhos idolatrado,
Castelo de Vide, terra bela,
Amar-te não é pecado.
E mirar-te lá do alto
De uma qualquer rua estreitinha,
É desvendar-te os mistérios
Que escondes, oh terra minha.
Tens alma de poeta,
És fonte de água cristalina,
Que me acalma e refresca,
Me seduz e fascina.
Meu Alentejo doirado,
Tesouro de beleza pura,
Trago em mim este fado,
De te amar com loucura.
Como um rio de encontro ao mar,
Correndo livre sem fim,
Sinto o coração palpitar,
Quando me demoro em ti.
Lírios do campo, amoras silvestres,
Poejo, eucaliptos, pinturas rupestres,
Tudo em ti me encanta e prende,
As gentes, a paz, que ao redor se sente.
E aquela velhinha que me enternece,
De dedos já gastos e olhar miudinho,
Com passos tão lentos...
Dobrando o caminho.
Olhar vazio no fim da jornada,
Põe na mesa a sopa, o naco do pão,
Partilha em silêncio,
Um grito de solidão.
Esta velhinha que vejo,
Num poial sentada no meu Alentejo,
Malhas vai tecendo num alvo pano,
Voltas de enleio e engano.
Sozinha, curvada pelo peso dos anos,
Olho para ela, nada pede ou diz,
Mas vede o sorriso,
Como ela é feliz!
Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
12 de Outubro de 2009
Imagem: Castelo de Vide. Autor desconhecido.
Espreitam estrelas e luar,
Sentada à porta defronte,
Vejo crianças a brincar.
Correm, riem, pulam, cantam,
Dançam a olhar para mim,
Que riqueza tamanha é,
Morar num lugar assim.
Alentejo, ser de ti,
Em sonhos idolatrado,
Castelo de Vide, terra bela,
Amar-te não é pecado.
E mirar-te lá do alto
De uma qualquer rua estreitinha,
É desvendar-te os mistérios
Que escondes, oh terra minha.
Tens alma de poeta,
És fonte de água cristalina,
Que me acalma e refresca,
Me seduz e fascina.
Meu Alentejo doirado,
Tesouro de beleza pura,
Trago em mim este fado,
De te amar com loucura.
Como um rio de encontro ao mar,
Correndo livre sem fim,
Sinto o coração palpitar,
Quando me demoro em ti.
Lírios do campo, amoras silvestres,
Poejo, eucaliptos, pinturas rupestres,
Tudo em ti me encanta e prende,
As gentes, a paz, que ao redor se sente.
E aquela velhinha que me enternece,
De dedos já gastos e olhar miudinho,
Com passos tão lentos...
Dobrando o caminho.
Olhar vazio no fim da jornada,
Põe na mesa a sopa, o naco do pão,
Partilha em silêncio,
Um grito de solidão.
Esta velhinha que vejo,
Num poial sentada no meu Alentejo,
Malhas vai tecendo num alvo pano,
Voltas de enleio e engano.
Sozinha, curvada pelo peso dos anos,
Olho para ela, nada pede ou diz,
Mas vede o sorriso,
Como ela é feliz!
Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
12 de Outubro de 2009
Imagem: Castelo de Vide. Autor desconhecido.
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