Tão distantes os teus olhos estão dos meus...
Humedecem sempre que penso em ti,
E o tempo, amor, o tempo passou por nós impiedoso...
Deixou ondas prateadas no cabelo e sulcos na pele...
Tenho saudades de acariciar os rios azuis das tuas mãos...
Beijá-las como fazia quando estávamos os dois de sonhos perdidos,
A olhar o horizonte com a mesma força de amar.
Já não te tenho... Mas sinto ainda dentro de mim o fogo dos
beijos que trocámos... E quando nos olhávamos, as luas dos nossos olhos
Reflectiam a felicidade que sentíamos.
Hoje tudo é mais triste, mais lento, os dias passam...
Como são diferentes... Correm em paralelo com os teus...
Construí um castelo de saudade onde moro,
Um jardim de vento onde ainda me ergo, qual árvore despida, sem
o teu olhar a atravessá-lo.
Poema de: Isabel Vilaverde
Imagem: Google.
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