terça-feira, 11 de setembro de 2012

É URGENTE


Onde está o grito dos poetas,
As notas dos músicos tocadas em uníssono,
E as tuas mãos levantadas, POVO,
A travar o chicote que te açoita impunemente?
Onde estão os corpos erguidos, os olhares convictos,
As palavras firmes, acutilantes,
A apedrejarem a impiedade dos carrascos?
Onde está o peito destemido aberto às balas
A exigir justiça e pão?
POVO, porque trabalhas e cada vez mais está vazia a tua mão?
Onde estão as mulheres e homens guerreiros
Deste país... mortos?
Agonizam já num gueto de opressão,
Famílias sem tecto, fenecem às mãos de um vilão que vos rouba os sonhos,
Para onde caminhas, POVO, para onde?
Trinta e oito anos de Revolução, onde estão??
Perdeste a força para lutar?
Acaso perdeste a razão?
Perdeste a memória do tempo?
Deixas-te vencer... assim?
Acorda, sê firme!
Defende o que é teu por direito,
Honra a memória dos que lutaram antes de ti,
Não te deixes amordaçar, outra vez matar,
Sê POVO inteiro,
É tempo de dizer basta!
É URGENTE DIZER, NÃO!


Poema: Isabel Vilaverde
Setembro 2012
(@Todos os Direitos Reservados)

Imagem: Google


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