terça-feira, 11 de setembro de 2012

FOGO ETÉREO


Amor...
Dá-me a quietude dos teus braços
Para neles escutar o quebrar das ondas,
Deixa-me sentir o odor da maresia
Nas tardes preguiçosas,
O afago dos teus lábios nos meus a brincar,
E as tuas mãos nas minhas, entrelaçadas,
Como suaves pétalas de rosas,
Deixa-me ficar no som da tua voz, aconchegada
E evolar-me nas tuas carícias e silêncios,
Amor...
Fica nos meus olhos só mais um instante
Até o sono de ti me levar,
Deixa esta alegria florescer em mim,
Vamos descer o leito deste rio a transbordar,
Saciar a sede de infinito,
Na alvorada das suas margens o nosso olhar remansear,
Amor...
Desenha-me na pele o fogo etéreo,
A memória do teu cheiro, o teu poema delirante, o teu amar,
Protege-me do perigo de naufragar,
Fica comigo neste imenso azul à beira de um ameno entardecer.


Poema: Isabel Vilaverde
11 de Setembro 2012

















Imagem: Google.

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