segunda-feira, 12 de julho de 2010

VENDEDOR DE SONHOS


Tu, poeta, vendedor de sonhos
Que vendes gemidos de tinta
Em alvas folhas de papel...
Que semeias palavras, em canteiros de solidão
Só para as veres florir de emoções
Devaneio da razão...
Não as deixes morrer nunca, poeta!
Quantas vezes julgas mortos os sonhos
Como terra árida...
Mas logo rasgam entranhas
Trazidos pelo vento que sopra
Das longínquas montanhas...
E as palavras ganham o brilho dos astros!
Florescem em versos fecundos
Como árvores seculares,
Rasgando universos e mundos!
Tu, poeta, vendedor de sonhos
Que vendes gemidos de tinta
Em alvas folhas de papel...
Extasia a minha alma
De estrofes vibrantes e belas,
Faz os meus olhos brilhar,
Cobre-me de beijos, na lua faz-me dançar...
Não me deixes morrer como raiz seca
Arrancada à terra!
Tu, Poeta, vendedor de sonhos
Que vendes gemidos de tinta
Em alvas folhas de papel...
Faz-me rir, faz-me chorar,
Faz-me sentir, deixa-me amar,
Vende-me os teus sonhos...
Faz-me acreditar!

Written by: Isabel Vilaverde
Julho 2010

3 comentários:

  1. Faz-me rir, chorar
    Faz-me sentir, amar
    Vende-me os teus sonhos
    Faz-me acreditar...!

    ResponderEliminar
  2. Tu, poeta, vendedora de sonhos
    Que vendes gemidos de tinta
    Em alvas folhas de papel...
    Faz-nos sentir, faz-nos acreditar,
    Faz-nos sorrir, deixa-nos recitar,
    Os lindos sonhos que nos vendes...
    Ao custo de um sonhar!

    ResponderEliminar

 
Licença Creative Commons
This obra is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Portugal License.