terça-feira, 22 de novembro de 2011

NO VAZIO DA LUZ



Morre lentamente o dia no vazio da luz...
No vago tempo perdi-me dos teus abraços,
Espraiam-se marés de mágoas e  cansaço,
Na noite que chega bordada a finos traços,
Baloiça a saudade no vaivém das ondas,
Dos beijos de fogo em mim apagados,
Sentidos, murmurejados, em nós sufocados,
Afagos dolentes nos corpos tocados...
Sonetos de amor, por nós declamados.
Trago esta ausência em mim,
Fado de adormecidos silêncios
Que me choras no regaço,
Por vezes nem sei quem sou, o que quero,
Para onde vou, porque fico assim...
Busco o sorriso que se perdeu,
Preciso de ti neste poema
Que respira a loucura de amar-te ainda,
Amor improvável que dentro de mim resiste,
É a dor no peito guardada,
Que escreve este poema triste.

Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).



Imagem: Nu Artístico de Vlados.



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