sexta-feira, 25 de novembro de 2011

NUM MINUTO



Num minuto, apenas num minuto,
Pequena, esvoaças pousando graciosa
Nas flores que beijas,
Num minuto, apenas num minuto,
O derradeiro,
Aos meus olhos adormeces...
Pego-te, delicadamente, de asas inertes,
Alegraste o meu jardim,
Já não te tenho...
Sinto a lágrima quente descer em mim lentamente,
Num minuto, apenas num minuto,
Fui feliz, sim.

Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
Novembro de 2011

Imagem: Google.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MEU QUERIDO BLOGUE



E foi assim que em Novembro de 2009
Te conheci...
Recebi-te nos meus braços, contigo sorri,
Dividi silêncios, amei-te,
Escutaste os meus medos, os meus desabafos,
Conheceste as minhas fragilidades,
Foste o meu aconchego, o ombro amigo
Em momentos de solidão,
O luar que me iluminou na escuridão,
Foste o espaço que preencheu o meu vazio,
A dor da perda, a raiva, o devaneio...
Foste a almofada macia onde me deitei,
Contigo sonhei,
Foste a folha onde minhas lágrimas verti,
Contigo deixei pedaços de mim,,
Não precisei  de fingir,
Desnudei-me e amei-te somente,
És o meu Porto dos Sentidos,
É a ti que continuarei a amar
E a dedicar momentos de inspiração,
Obrigada por estares aí.

Com toda a dedicação.


Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
Novembro de 2011


Imagem: Google.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

NO VAZIO DA LUZ



Morre lentamente o dia no vazio da luz...
No vago tempo perdi-me dos teus abraços,
Espraiam-se marés de mágoas e  cansaço,
Na noite que chega bordada a finos traços,
Baloiça a saudade no vaivém das ondas,
Dos beijos de fogo em mim apagados,
Sentidos, murmurejados, em nós sufocados,
Afagos dolentes nos corpos tocados...
Sonetos de amor, por nós declamados.
Trago esta ausência em mim,
Fado de adormecidos silêncios
Que me choras no regaço,
Por vezes nem sei quem sou, o que quero,
Para onde vou, porque fico assim...
Busco o sorriso que se perdeu,
Preciso de ti neste poema
Que respira a loucura de amar-te ainda,
Amor improvável que dentro de mim resiste,
É a dor no peito guardada,
Que escreve este poema triste.

Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).



Imagem: Nu Artístico de Vlados.



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O POETA



Palavras são veias dentro do corpo
A pulsar de emoções,
São seiva de amor e dádiva,
De entrega, sofrimento e dor,
Silentes, se dão no tempo
Como a alma do poeta
Que as abraça em fogo lento...
E se consome na chama,
Morrendo sempre nas palavras,
Renasce sempre no poema.

Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
9 Novembro 2011

Imagem: Google.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

UM DIA PARTIREI



Um dia partirei
Das manhãs orvalhadas,
Dos dias, das horas,
Das noites vazias,
Das estrelas dos céus.
Um dia partirei
Dos teus olhos,
Do fogo do teu corpo,
Dos teus beijos,
Do teu perfume,
Da tua pele veludo,
Das tuas palavras.
Um dia partirei
Dos teus abraços,
Do teu sorriso,
Desse cais
Onde entrego a paixão.
Um dia partirei
Como gaivota esvoaçando em liberdade,
Partirei sem culpa,
Deixando, em ti, a saudade.


Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
8 Novembro 2011

Foto: Vlados.



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SOU



Sou o rio que corre lento
Nas tuas margens,
O vento que te canta
E te desassossega,
A palavra que te escreve
E te liberta,
Sou o pulsar da vida
Que te sustenta,
Sou a tela que te guarda,
A história que te conta,
Sou a ave que no teu abraço
Repousa,
O luar que te adormece
E encanta,
Sou o mar que te navega,
A corrente que te desprende,
Enlaça e prende,
O labirinto que te conduz
Às colinas do meu corpo,
Que te arrasta docemente,
Sou o beijo ardente
Que te encontra, a felicidade,
O momento breve,  a lágrima,
Sou o lamento, o findar das horas,
O passar dos dias, o tempo,
E neste ser...
Sou o tanto que fica por dizer.


Autora: Isabel Vilaverde
(@Todos os Direitos Reservados).
Novembro de 2011

Foto: André Brito.


 
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