quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

OS RIOS AZUIS DAS TUAS MÃOS



Cada ano que passa celebras a vida,
Aprendes a escutar o silêncio das pedras,
E o canto dos pássaros,
Aprendes a tocar as folhas de Outono...
A entender melhor o gotejar dos teus olhos,
Aprendes a olhar os sulcos marcados no rosto,
E os rios azuis das tuas mãos.
Cada ano que passa celebras a vida,
Numa cadência de rosas a florir em cada Primavera,
Sonhas... Imortal o sonho dentro de nós...
Transpões as margens de um mar imenso,
Cravadas, como espinhos, as dores num silêncio de vozes,
Castigam-te ferozes, mas olhas em frente!
Cada ano que passa celebras a vida,
Acordas vontades que te ficaram esquecidas na alma,
Sobes encostas, desces colinas,
Trilhas caminhos, dobras esquinas,
Quantas vezes caminhas na ausência de um abraço...
De um sorriso, de um afago, de um simples olhar de ternura,
Mas não te verga o cansaço,
Reinventas as cores de um arco-íris que é só teu.
Cada ano que passa celebras a vida,
Sentes a brisa leve beijar o silêncio dos montes,
Ouves o remurmurejar baixinho das fontes,
Por entre aromas de verde e lilás,
De novo vences e sentes que és capaz,
Felizes os que crêem!
Trazes nos olhos um Sol de Verão,
E a palavra amizade escrita no coração.

Written by: Isabel Vilaverde
29-2-2012

Imagem: Google.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

ANTOLOGIA DE POESIA CONTEMPORÂNEA «Entre o sono e o sonho» Volume III


Quero agradecer à Chiado Editora e ao seu CEO,
Gonçalo Martins, o amável convite para participar,
como autora, em mais uma Antologia de Poesia.

Aos meus queridos seguidores e leitores desejo
que a leitura desta obra poética vos traga muito
prazer. Grata. Um abraço. Isabel Vilaverde.

NO VAZIO DA LUZ


Morre lentamente o dia no vazio da luz…
No vago tempo, perdi-me dos teus abraços,
Espraiam-se marés de mágoas e cansaços,
Na noite que chega bordada a finos traços.
Baloiça saudade no vaivém das ondas,
Dos beijos de fogo em mim apagados,
Sentidos, murmurejados, por nós sufocados,
Afagos dolentes nos corpos tocados…
Sonetos de amor por nós declamados.
Trago esta ausência em mim,
Fado de adormecidos silêncios
Que me choras no regaço,
Por vezes nem sei quem sou, o que quero,
Para onde vou, porque fico assim…
Busco o sorriso que se perdeu,
Preciso de ti neste poema,
Que respira a loucura de amar-te ainda…
Amor improvável que no tempo resiste,
É a dor em mim guardada,
Que escreve este poema triste.

Written by: Isabel Vilaverde


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

SEM TI... SOU



Quero dizer-te amor...
Tudo o que ainda minha boca não te disse,
Abrir este peito em flor,
Mostrar-te o amor que por ti resiste.

Amor que nasceu dos gestos mais simples,
Que brota da seiva do meu coração,
Amor que é vida a pulsar em mim,
Amor que sublimo como uma oração.

E digo-a no silêncio permanente
De uma boca fechada...
De uma dor invisível que me dilacera.

Sem ti sou a folha perdida no nada,
O canto de um pássaro em sofrimento,
Uns olhos que choram, cansados da espera.

Written by: Isabel Vilaverde
14-2-2012

NAS ESQUINAS DO TEMPO


Hoje tudo se esfumou…
Uma dor lancinante o peito me rasgou,
Vestiu-me de morte, o frio senti,
Perdi-me dos sonhos, perdi-te de mim.

Amanhã tudo me faltará…
A saudade será bruma silenciosa,
Serpente ávida meu corpo engolirá,
A ausência dos teus braços dolorosa.

Olho a noite e as estrelas cintilando,
Nesta solidão das horas…
Os meus olhos de névoa se vão tapando.

Procuro-te nas esquinas do tempo, no firmamento,
E lá, no alto do céu…
Encontro somente a lua a chorar como eu.

Written by:Isabel Vilaverde

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ANTOLOGIA INVERNO


Uma Antologia composta por poemas, textos, crónicas, entre outros.
A editar, em breve, pela Pastelaria Studios Editora.

ANTOLOGIA DE POESIA


Caros amigos e seguidores, aqui vos deixo o Convite
para a Sessão de Lançamento da Antologia de Poesia
"ENTRE O SONO E O SONHO", Vol. III. da Chiado Editora.
Grata pela vossa presença.

 
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