quarta-feira, 20 de julho de 2011

NO SILÊNCIO DAS CORRENTES


No rosto do tempo guardo o teu sorriso,
A candura do teu olhar acorda-me memórias,
Notas dolentes de violinos a tocar, 
Passeio a saudade neste cinzento cais onde me encontro,
E, às vezes, no silêncio das correntes,
Navego barcos desbotados de cores.
Ah! Como sinto o teu corpo, os beijos de fogo ardido,
E o teu riso de tontaria que me prendeu de amores...
Caminhamos, lado a lado, como as gaivotas,
Pousadas no areal ao entardecer do dia,
É esta a paz que sinto, meu amor.
Sei que o Inverno chegará no pálido crepúsculo,
Não tenhas medo, dá-me as tuas mãos, sorrindo,
Haverá sempre Primavera nos meus olhos,
Para te olhar, prometo-te,
E vento no meu corpo para te desejar,
E ribeiros de águas transparentes para te amar.


Written by: Isabel Vilaverde
JULHO 2011

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