sexta-feira, 18 de março de 2011
ESSE MAR (A TRÓIA)
Rasgo memórias que o tempo guardou,
Memórias do mar...
De barcos apinhados, beijando a maré
Até à outra margem.
Memórias da serra... deleite dos olhos,
Sobranceira ao rio de águas prateadas,
Memórias das dunas... recortando a Península tão bela,
De vegetação rara tão plena,
Morreu no betão coitada,
E a saudade das gentes
No coração ficou guardada.
Percorríamos a pé,
A longa passadeira de madeira irregular,
Até nos sentarmos na areia dourada,
Sob um sol tórrido que nos bronzeava.
Tecíamos sonhos com palavras doces
E beijos ardentes, carícias delicadas
Em corpos ondulantes,
O olhar mergulhado na fina areia,
Que a espuma das ondas, ao de leve, bordava,
Nessas tardes prazenteiras, à beira-mar,
Vestíamos de esperança
A vontade de ficarmos, de eternizarmos esse olhar,
Hoje já não viajamos nos barcos apinhados, beijando a maré,
Mas encontro no brilho dos teus olhos a mesma força de acreditar,
A mesma fé!
Written by: Isabel Vilaverde
Março 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Vestíamos de esperança
ResponderEliminarA vontade de juntos ficarmos
Para sempre ser nosso esse mar
Hoje já não viajamos
Nos barcos apinhados beijando a maré
Mas encontro nos teus olhos
A mesma força de acreditar
A mesma fé!