quarta-feira, 30 de abril de 2014

DOCE VENTURA



Alentejo, poema a oiro cinzelado,
Ao sol intenso deitado,
Minha chama, meu berço,
Minha paleta de cores, grito vermelho intenso,
Oh planícies verdejantes que meus olhos vestem,
Em silêncio me embalam, em paz me adormecem...
Oh oliveiras verdinhas que à brisa quente os braços de luto agitam,
Oh singelas e brancas casinhas que  meus olhos encantam,
Oh fontes cristalinas que minha sede matam,
Meu Alentejo, meu braseiro ao sol-posto...
Oh árvores frondosas, curvadas, esplendorosas,
Perdidas em luares de Agosto...
Afago meu corpo cansado no teu ventre de ternura
E como um beijo te sinto...
Suave como o sabor das amoras que em minha boca perdura,
Oh meu Alentejo amado a verde e oiro bordado,
Oh minha doce ventura.

Autora: Isabel Vilaverde
23-04-2014
(@Todos os Direitos Reservados).

Foto: Filomena Brioso.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

BRANCO VIRGINAL



Toco teu branco virginal,
Com subtileza acordo pensamentos,
Alegres, tristes ou profundos,
Neste trilho temporal.
São tuas as minhas dores,
Os meus êxitos e conquistas,
Os meus prantos e desamor.
Pinto-te a aguarela de uma só cor,
Uma dança preenche o vazio do nosso amor.
Palavra a palavra, deslizo a ponta suave da caneta,
Desenho as formas de cada letra,
E em cada escrever reinvento novas formas de viver.

Autora: Isabel Vilaverde
23 de Abril de 2014
(@Todos os Direitos Reservados).


 
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